Não ia escrever hoje.
– Óbvio. Dirá aquele que sabe que fiquei 3 meses de férias de blog.
– Dois dias seguidos é muito pra ela!
Veremos.
Não ia escrever hoje mas lendo a Val do blog 1 Pedra do Caminho, que também está lá na Central do Textão, me inspirei. Ela fala sobre nossa busca por likes, sobre as redes sociais e sobre como escrevemos menos nos blogs quando estamos muito ativos nas danadinhas.
Me tocou. Não. Me socou.
Voltando no tempo, uns dias atrás, percebi que estava tendo uns reflexos estranhos, uns reflexos de viciado em tecnologia.
Olhando a pilha de livros na minha mesa de cabeceira me perguntei quando eu tinha parado de ler. Enfim, nunca parei de verdade mas para quem lia um ou dois livros por semana e que varava a noite quando a história estava muito boa, passar a um livro por mês – não gente, é mentira, é que tenho um pouco de vergonha de assumir isso – passar a um livro a cada dois ou três meses…
Enfim, olhei a pilha de livros, olhei minha mão. O que tinha nela? Não preciso responder, né? Desliguei o celular e peguei um livro da pilha, toda feliz da vida. Quando cheguei no final da página, o que fiz?
Deslizei meu polegar de baixo pra cima para virar a página. Duas vezes. Sem entender por que não estava funcionando.
Foi um momento tão ridículo que merece um destaque.
Tomei as decisões que tinha que tomar. Drásticas. Celular não entra no quarto ou só entra em modo avião. Voltei a ler, ufa (estou lendo três livros ao mesmo tempo para compensar, tá!). Voltei a escrever aqui e a publicar as fotos lá.
Olha, não entenda meu desabafo como mais uma crítica às redes sociais. Não quero discutir o valor que elas tem ou deixam de ter. Quero apenas falar da minha dificuldade em lidar com elas. Ou de minha fuga para elas quando me falta inspiração.
Estou precisando de uma desintoxicação. Uma volta para a realidade verdadeira. Sim, você leu direito, realidade verdadeira. Que os pleonasmos me ajudem a seguir en frente! Mas vou abrir o face para compartilhar esse post, viu, rapidinho…