Escrevo normalmente histórias curtas, contos e fábulas. O texto vem para mim naturalmente, nunca penso muito sobre o que vou escrever ou sobre como vou escrever. Nunca sei onde a história vai chegar, ela simplesmente chega. Esse momento de criação não planejada é um puro prazer para mim. Um momento de liberdade.
Questionei ultimamente minha capacidade de escrever algo mais longo e estruturado. Ter um objetivo mais amplo, obedecer a uma estrutura fixa, impor limites, deixar o cérebro trabalhar… isso mudaria meu processo criativo? Ainda teria o prazer de escrever? Curiosa, decidi tentar.
Buscando idéias para esse projeto de livro pensei na vida do meu avô. Uma vida repleta de histórias incríveis. Quase inacreditáveis. Consegui visualizar em dois segundos o livro que é a vida do Meirelles.
Meu avô marcou muito as pessoas. Conversando com quem o conheceu sempre descubro algo novo sobre ele, algo que irritou muito, algo lembrado com carinho, algo lembrado com saudades.
Criei um primeiro blog sobre esse projeto em 2015 cujo objetivo era recuperar essas lembranças deixando um espaço para os amigos que queriam contar suas histórias com o Meirelles.
O blog empacou, eu empaquei. Fiz outras coisas, criei outros blogs, me concentrei em outros projetos, em outras histórias. Mas voltei!
Decidi migrar para outra plataforma, ressuscitar as Histórias do Meirelles e agregar também um pouco dos outros projetos e… de mim.
De minhas neuras quando olho a página branca e quando a palavra não vem.
De minhas desculpas para não escrever.
De minha alegria quando a palavra aparece no papel.
Dessa coisa de escrever…
Essa coisa de escrever 